DISCOPATIA DEGENERATIVA DO DISCO INTERVERTEBRAL
As vértebras da coluna são separadas por pequenos ”amortecedores” fibrocartilaginosos conhecidos como discos intervertebrais. Estes discos proporcionam suporte estrutural para a coluna e agem como um sistema absorvedor de sobrecargas criadas em determinados movimentos.
Segundo a visão da Quiropraxia, a ausência de movimento entre vértebras (subluxação) que se mantenha por muito tempo (anos), levam a uma deficiência de hidratação dos discos, já que estes, por não serem vascularizados, dependem diretamente dos movimentos entre os corpos vertebrais para sua nutrição e hidratação através de compressão e descompressão do disco.
Associado à idade (embora ocorra em jovens também), lesões repetitivas, posturas viciosas, etc. essa desidratação leva o disco a perder parte de sua densidade (massa de suporte) e acaba diminuindo sua espessura, o que faz com que os corpos vertebrais se aproximem um do outro reduzindo assim os espaços de saída das raízes nervosas (forame intervertebral), comprimindo-as e provocando dores irradiadas ao longo do corpo (pescoço, braços, tórax, lombar, pernas, etc) dependendo da raiz afetada.
A intensidade da dor pode variar de leve a severa e debilitante quando a pessoa fica em pé ou sentada, porém, em geral, essas dores diminuem na posição deitada, devido ao alívio provocado pela descompressão sobre as raízes nervosas afetadas, principalmente, na região lombar.
A persistência ou agravamento dessa degeneração, levam à formação de osteofitoses (bico-de-papagaio), abaulamentos, protusões e herniações dos discos intervertebrais.
ESPONDILOLISTESE
É uma condição na qual uma vértebra "escorrega" para frente (mais comum) ou para trás em relação à vértebra de baixo. Nesta patologia ocorre fratura da parte posterior da lamina (pars interarticulares). Este problema pode causar dor nas costas (nível lombar) e também dor nas pernas. A região mais afetada é a coluna lombar e principalmente os níveis L4/L5 e L5/S1.
Pode começar, muitas vezes, na adolescência por trauma ou por degeneração articular e aumenta durante a idade adulta à medida que o escorregamento se agrava.
Dependendo da gravidade do deslocamento da vértebra a espondilolistese pode ser classificada em:
- Grau I: onde ocorre um deslizamento de 25%;
- Grau II: deslizamento de 50%;
- Grau III: 75% e
- Grau IV: que apresenta deslizamento completo.
ARTROSE
É um processo degenerativo de desgaste da cartilagem articular, que afeta sobretudo as articulações que suportam peso ou as que fazem movimentos em excesso, como por exemplo os joelhos ou os pés. Também é produzida por efeito da diminuição do líquido sinuvial articular por conseqüência de subluxações, acarretando menor lubrificação o que favorece o atrito e desgaste articular.
Esta disfunção é vinculada, também, ao envelhecimento das articulações. Inicia-se, em geral, a partir dos 40 ou 45 anos. Porém, também pode aparecer de forma precoce como conseqüência de traumatismos, esteróides you problemas congênitos que afetem a articulação.
Em geral, o envelhecimento e a sobrecarga da articulação fazem com que a cartilagem se desgaste e perca agilidade e elasticidade. Os sintomas são a dor e a limitação da função articular e do movimento, pelo fato das superfícies articulares, em vez de estarem acolchoadas pela cartilagem, tornam-se rugosas e atritam-se.
A artrose apresenta uma dor sentida depois de utilizar a articulação, em geral, é uma dor vespertina e é aliviada com repouso. A pessoa pode levantar dolorida e sentir um pouco de rigidez, o que dificulta o início dos movimentos. Porém, em alguns minutos ou na primeira hora a rigidez desaparece e a pessoa pode se movimentar normalmente.
ARTRITE
É uma doença inflamatória que pode afetar várias articulações ao mesmo tempo, denominando-se poliartrite. Desvinculada da idade, pode aparecer inclusive na juventude. Existem distintos tipos de artrite, uma delas é a reumatóide. Esta enfermidade compromete o estado geral da pessoa, produzindo abatimento, cansaço e perda de peso. Produz ainda inflamação, tumefação e avermelhamento da articulação. A dor é contínua inclusive em repouso e a pessoa levanta com rigidez que permanece por mais ou menos uma hora.
ESCOLIOSE
Quando vista por trás, a coluna vertebral deve ser reta.
Escoliose é uma curvatura na coluna vertebral, para qualquer um dos lados, freqüentemente surge na infância ou na adolescência.
Há dois tipos principais da escoliose:
GRUPO 1 - Escolioses não estruturais: é mais correto chamá-las de "atitude escoliótica da coluna vertebral" ou falsas escolioses. São curvaturas reversíveis ou mesmo curvaturas temporárias.
- Escoliose Postural: ocorre devido a várias posturas e não apresentam alterações ósseas.
- Escoliose Compensatória: é aquilo que ocorre, por exemplo, devido a um encurtamento real de uma perna ou defeito no quadril.
- Escoliose antálgica: é aquela curvatura lateral que se observa nas crises agudas de dor lombar ou como conseqüência de processos inflamatórios, onde ocorre a inclinação do tronco para o lado. Isso ocorre como defesa do corpo contra a dor.
GRUPO 2 - Escolioses Estruturais: são as escolioses verdadeiras.
- Escoliose Idiopática: são aquelas de causas desconhecidas. Cerca de 80 % das escolioses são idiopáticas.
A escoliose idiopática, de acordo com a faixa etária que acomete, pode ser classificada como: escoliose infantil (até 3 anos); escoliose juvenil (dos 3 anos até a pré-adolescência); escoliose adolescente (geralmente nas meninas).
- Escoliose Paralítica: ocorre como seqüela da poliomielite ou paralisia infantil, pós-encefalite ou paralisia cerebral.
- Escoliose Congênita: aquela que ocorre devido a malformações ou anomalias vertebrais. São as mais raras.
Como se descobre uma escoliose?
Descobri-la o mais cedo possível é essencial para que o tratamento seja efetivo. Como a coluna cresce até os 18-20 anos, se o problema não for corrigido ele piora a cada dia. Uma vez que a curvatura anormal já tenha se desenvolvido completamente, a correção, por qualquer meio, se toma mais difícil e complicações sérias são mais prováveis.
Se seu filho ainda não teve sua coluna examinada por um quiropraxista seria sábio fazê-lo antes que ele alcance os 12 anos da idade. Esse exame incluiria um exame físico detalhado, e se necessário radiografias.
"BICO DE PAPAGAIO" OSTEOFITOSE
Nome popular da osteofitose que é uma formação óssea anormal resultante de uma reação (defesa) do organismo a uma degeneração do disco intervertebral, que vai desidratando, ocorrendo com isso a diminuição do espaço intervertebral. Com a aproximação entre os corpos vertebrais, o organismo projeta cálcio nas extremidades ósseas do corpo vertebral produzindo uma ponte óssea conhecida como “bico-de-papagaio”, por ter semelhança na forma do bico dessa ave (facilmente visível em raio X ). O disco intervertebral entrando em colapso (degeneração) diminui a luz do forame intervertebral, onde passam as raízes nervosas produzindo a compressão dessas raízes. Essa formação óssea tem por objetivo diminuir a pressão sobre as raízes nervosas e fundindo um corpo com o outro antes da lesão dessa raiz. Muitas vezes, em função de vários outros fatores esses osteofitos são projetados em direção à própria raiz nervosa, o que nesse caso produz efeitos de dor relativas à essa compressão radicular. Inexiste qualquer relação entre tamanho e número de osteófitos com a idade do paciente e sintomas. Existem também os osteofitos divergentes (projeção de cálcio em oposição), em geral sem sintomas e ocasionados por hipermobilidade articular no conceito da Quiropraxia.
Instituto Matheus de Souza D.C.
Instituto Matheus de Souza D.C.
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